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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

DOENÇAS QUE PODEM SER ASSOCIADAS AO TRANSTORNO AUTISTA E DIAGNÓSTICO DIFERENCIADO

O diagnóstico diferencial envolve o reconhecimento de outras patologias

Encontramos grandes dificuldades, quando tentamos estabelecer uma diferença entre as doenças que podem estar associadas ao autismo e as que necessitam de um diagnóstico diferencial. Algumas doenças associadas ao autismo são, o retardo mental, os quadros convulsivos, a esquizofrenia infantil, a depressão analcítica, a afasia e a síndrome de down. Para cada quadro, existe o diagnóstico diferencial. Algumas considerações são importantes:
- O mutismo eletivo, o balançar do corpo e outras estereotipias não implicam, necessariamente a presença do transtorno autista, pois eles podem estar relacionados com influências externas e também a outros fatores.
- Uma criança autista, por muitas vezes, não responder ao estímulo auditivo, pode ser diagnosticada como surda, inclusive existe a suspeita até de uma hiperacusia (hipersensibilidade acústica) em vários casos do transtorno.
- A cegueira congênita pode levar a criança a gesticulação, confundindo-se com movimentos estereotipados de braços e mãos (característica do transtorno autista). A diferença é que a criança cega tem interesse em interagir com o ambiente e com as pessoas, o que nem sempre ocorre com crianças autistas.
Cabe-nos então pensar sobre a importância de compreendermos a diferença entre o transtorno autista e outras patologias e também das relações existentes entre elas. É comum o autismo estar associado a outras desordens e síndromes. A indicação para um profissional que saiba fazer o diagnóstico diferencial é muito importante.

Retirado do livro “Transtornos do desenvolvimento e do comportamento” de José Raimundo Facion – Adaptado para o site CEDAP BRASIL por JOCELI APARECIDA OLIVA e ROSELI HONORATTO, pedagogas do CEDAP.

Dicas para educadores de Indivíduos que estão no Espectro Autista (E.A

Segundo orientações do Indiana’s Autism Leadership Network (2008)

o Procure se aproximar do autista pela lateral e lentamente para evitar assustá-los. A visão periférica que eles têm ajuda no do processamento para entender que alguém está se aproximando. Evite chegar bruscamente ou aparecer de repente.
o Use comunicação não-verbal sempre que puder (junto com a fala). Por exemplo: aponte para o lugar que se pretende ir, empurrre a cadeira na direção do aluno indicando que é para se sentar, etc.
o Use ordens diretas e literais. Evite expressões idiomáticas, sarcasmos, piadas.
o Use um tom de voz calmo. Uma voz gritada e excitada provoca alunos irritados.
o Os suportes visuais são benéficos mesmo quando a criança parece não precisar mais deles.
o Lembre-se de que pessoas no E.A. normalmente tem falhas nas habilidades sociais. Insira lentamente e naturalmente estratégias que visem a estimulação de habilidades como cooperar, partilhar, ajudar, trocar turnos, responder, etc.
o Ofereça um tempo para a resposta antes de você repetir a ordem. Autistas podem levar mais tempo para compreender a sua instrução.
o Estrutura é importante para a organização. Ajude o aluno a desenvolver um repertório de coisas que se pode e se espera fazer. Por exemplo: listas do que irá acontecer no dia, seqüencia de materiais que tem que pegar, ordem das tarefas que irão acontecer, etc.
o Siga sempre uma agenda e ensine sobre as variações. Ex: mesmo que toda terça e quinta tenha aula de informática, isso não significa que as atividades deverão ser as mesmas toda terça e quinta. Existe a flexibilidade dentro da rotina.
o Aprenda a reconhecer os sinais de ansiedade ou stress como intensificação de movimentos, tosse, rosto mais rosado, risadas, gritos…Quando entender que há sinal de stress, tente acalmar a criança, diminua seu tom de voz e suas exigências neste momento.
o Quando você for tentar eliminar um comportamento inaceitável, sempre identifique e organize uma habilidade alternativa ou comportamento substituto.
o Indique quando uma atividade está para terminar. O uso de um sinal auditivo como uma campainha ou sino, pode ser útil para a formação do conceito de FIM.
o No processo de ensino use o que o aluno já traz de conhecimento, interesse e fixações. Construa o material a partir destes tópicos para fortalecer a auto-estima.
o Mantenha um contato próximo com a família e outros profissionais.
o Proporcione pausas durante as atividades.
o Estimule a localização de um grupo social, clube, organização recreativa, etc. Bases para o lazer são importantes. Ajude a família a proporcionar momentos de lazer para o aluno.
o Antecipe alguns conceitos novos (ou conteúdos) para que estes possam ser incluídos no contexto geral da escola e da vida do aluno.
o O ultimo objetivo para qualquer aluno é o fortalecimento da habilidade de ser independente e ter sucesso na vida adulta. Por isso, o ensino de comportamentos de autonomia devem ser considerados em qualquer idade.

Agradecimento especial para: Roma Osterloo, Eilleen Kalman, Edi Powell, Karen Cooper and Olivia Schueler do Indiana’s Autism Leadership Network. Organizado por: Dr. Cathy Pratt, Diretora do Indiana Resource Center for Autism, Indiana Institute on Disability and Community

www.iidc.indiana.edu/irca.

Adaptação: Equipe CEDAP

Adaptações curriculares na Educação Especial

As adaptações curriculares constituem, pois, possibilidades educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Pressupõem que se realize a adaptação do currículo regular, quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos com necessidades especiais.

Adaptado de MANJÓN, D.G.; GIL, J.R. & GARRIDO, A.A. Adaptaciones curriculares - guía para su elaboración.. Granada-Espanha: Aljibe, 1995. Colección: Educación para la diversidad


Não se propõe unicamente um novo currículo, mas um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda realmente a todos os educandos. Nessas circunstâncias, as adaptações curriculares implicam a planificação pedagógica e a ações docentes fundamentadas em critérios que definem:
• o que o aluno deve aprender;
• como e quando aprender;
• que formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo de aprendizagem;
• como e quando avaliar o aluno.
Para que alunos com necessidades educacionais especiais possam participar integralmente em um ambiente rico de oportunidades educacionais com resultados eliminação favoráveis, alguns aspectos precisam ser considerados, destacando-se entre eles:

• a preparação e a dedicação da equipe educacional e dos professores;
• o apoio adequado e recursos especializados, quando forem necessários;
• as adaptações curriculares e de acesso ao currículo.

Algumas características curriculares facilitam o atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos, dentre elas:

Adaptações Organizativas:- organização de agrupamentos,- organização didática,- organização do espaço

Relativas aos objetivos e conteúdos:
- priorização de áreas ou unidades de conteúdos,
- priorização de tipos de conteúdos,
- priorização de objetivos,
- seqüenciação,
- eliminação de conteúdos secundários

As adaptações relativas aos objetivos e conteúdos dizem respeito:

• à priorização de áreas ou unidades de conteúdos que garantam funcionalidade e que sejam essenciais e instrumentais para as aprendizagens posteriores. Ex: habilidades de leitura e escrita, cálculos etc.;

• à priorização de objetivos que enfatizam capacidades e habilidades básicas de atenção, participação e adaptabilidade do aluno. Ex: desenvolvimento de habilidades sociais, de trabalho em equipe, de persistência na tarefa etc.;

• à seqüenciação pormenorizada de conteúdos que requeiram processos gradativos de menor à maior complexidade das tarefas, atendendo à seqüência de passos, à ordenação da aprendizagem etc.;

• ao reforço da aprendizagem e à retomada de determinados conteúdos para garantir o seu domínio e a sua consolidação;

• à eliminação de conteúdos menos relevantes, secundários para dar enfoque mais intensivo e prolongado a conteúdos considerados básicos e essenciais no currículo.

Avaliativas:
- adaptação de técnicas e instrumentos
- modificação de técnicas e instrumentos

Nos procedimentos didáticos e nas atividades:
- modificação de procedimentos,
- introdução de atividades alternativas às previstas,
- introdução de atividades complementares às previstas,
- modificação do nível de complexidade das atividades,
- eliminando componentes,
- seqüenciando a tarefa,
- facilitando planos de ação,
- adaptação dos materiais,
- modificação da seleção dos materiais previstos

Na temporalidade:
- Modificação da temporalidade para determinados objetivos e conteúdos previstos

As adaptações relativas aos objetivos e conteúdos dizem respeito:

• à priorização de áreas ou unidades de conteúdos que garantam funcionalidade e que sejam essenciais e instrumentais para as aprendizagens posteriores. Ex: habilidades de leitura e escrita, cálculos etc.;
• à priorização de objetivos que enfatizam capacidades e habilidades básicas de atenção, participação e adaptabilidade do aluno. Ex: desenvolvimento de habilidades sociais, de trabalho em equipe, de persistência na tarefa etc.;
• à seqüenciação pormenorizada de conteúdos que requeiram processos gradativos de menor à maior complexidade das tarefas, atendendo à seqüência de passos, à ordenação da aprendizagem etc.;
• ao reforço da aprendizagem e à retomada de determinados conteúdos para garantir o seu domínio e a sua consolidação;
• à eliminação de conteúdos menos relevantes, secundários para dar enfoque mais intensivo e prolongado a conteúdos considerados básicos e essenciais no currículo.

Para alunos com deficiência visual:

• materiais desportivos adaptados: bola de guizo e outros;
• sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades do aluno: sistema braille, tipos escritos ampliados;
• textos escritos com outros elementos (ilustrações táteis) para melhorar a compreensão;
• posicionamento do aluno na sala de aula de modo que favoreça sua possibilidade de ouvir o professor;
• deslocamento do aluno na sala de aula para obter materiais ou informações, facilitado pela disposição do mobiliário;
• explicações verbais sobre todo o material apresentado em aula, de maneira visual;
• boa postura do aluno, evitando-se os maneirismos comumente exibidos pelos que são cegos;
• adaptação de materiais escritos de uso comum: tamanho das letras, relevo, softwares educativos em tipo ampliado, textura modificada etc.;
• máquina braille, reglete, sorobã, bengala longa, livro falado etc.;
• organização espacial para facilitar a mobilidade e evitar acidentes: colocação de extintores de incêndio em posição mais alta, pistas olfativas para orientar na localização de ambientes, espaço entre as carteiras para facilitar o deslocamento, corrimão nas escadas etc.;
• material didático e de avaliação em tipo ampliado para os alunos com baixa visão e em braille e relevo para os cegos;
• braille para alunos e professores videntes que desejarem conhecer o referido sistema;
• materiais de ensino-aprendizagem de uso comum: pranchas ou presilhas para não deslizar o papel, lupas, computador com sintetizador de vozes e periféricos adaptados etc.;
• recursos ópticos;
• apoio físico, verbal e instrucional para viabilizar a orientação e mobilidade, visando à locomoção independente do aluno.

Para alunos com deficiência auditiva:

• materiais e equipamentos específicos: prótese auditiva, treinadores de fala, tablado, softwares educativos específicos etc.;
• textos escritos complementados com elementos que favoreçam a sua compreensão: linguagem gestual, língua de sinais e outros;
• sistema alternativo de comunicação adaptado às possibilidades do aluno: leitura orofacial, linguagem gestual e de sinais;
• salas-ambiente para treinamento auditivo, de fala, rítmico etc.;
• posicionamento do aluno na sala de tal modo que possa ver os movimentos orofaciais do professor e dos colegas;
• material visual e outros de apoio, para favorecer a apreensão das informações expostas verbalmente;
Para alunos com deficiência mental
• ambientes de aula que favoreçam a aprendizagem, tais como: atelier, cantinhos, oficinas etc.;
• desenvolvimento de habilidades adaptativas: sociais, de comunicação, cuidado pessoal e autonomia.

Para alunos com deficiência física:

• sistemas aumentativos ou alternativos de comunicação adaptado às possibilidades do aluno impedido de falar: sistemas de símbolos (baseados em elementos representativos, em desenhos lineares, sistemas que combinam símbolos pictográficos, ideográficos e arbitrários, sistemas baseados na ortografia tradicional, linguagem codificada), auxílios físicos ou técnicos (tabuleiros de comunicação ou sinalizadores mecânicos, tecnologia microeletrônica), comunicação total e outros;
• adaptação dos elementos materiais: edifício escolar (rampa deslizante, elevador, banheiro, pátio de recreio, barras de apoio, alargamento de portas etc.); mobiliário (cadeiras, mesas e carteiras); materiais de apoio (andador, coletes, abdutor de pernas,
faixas restringidoras etc.); materiais de apoio pedagógico (tesoura, ponteiras, computadores que funcionam por contato, por pressão ou outros tipos de adaptação etc.);
• deslocamento de alunos que usam cadeira de rodas ou outros equipamentos, facilitado pela remoção de barreiras arquitetônicas;
• utilização de pranchas ou presilhas para não deslizar o papel, suporte para lápis, presilha de braço, cobertura de teclado etc.;
• textos escritos complementados com elementos de outras linguagens e sistemas de comunicação.

Para alunos com superdotação:

• evitar sentimentos de superioridade, rejeição dos demais colegas, sentimentos de isolamento etc.;
• pesquisa, de persistência na tarefa e o engajamento em atividades cooperativas;
• materiais, equipamentos e mobiliários que facilitem os trabalhos educativos;
• ambientes favoráveis de aprendizagem como: ateliê, laboratórios, bibliotecas etc.;
• materiais escritos de modo que estimule a criatividade: lâminas, pôsteres, murais; inclusão de figuras, gráficos, imagens etc., e de elementos que despertam novas possibilidades.

Para alunos com deficiências múltiplas:

As adaptações de acesso para esses alunos devem considerar as deficiências que se apresentam distintamente e a associação de deficiências agrupadas:
surdez-cegueira
deficiência visual-mental
deficiência física-auditiva etc.

As adaptações de acesso devem contemplar a funcionalidade e as condições individuais do aluno:
• ambientes de aula que favoreça a aprendizagem, como: ateliê, cantinhos, oficinas;
• acesso à atenção do professor;
• materiais de aula: mostrar os objetos, entregá-los, brincar com eles, estimulando os alunos a utilizá-los;
• apoio para que o aluno perceba os objetos, demonstrem interesse e tenham acesso a eles.

Para alunos com condutas típicas de síndromes e quadros clínicos:

O comportamento desses alunos não se manifesta por igual nem parece ter o mesmo significado e expressão nas diferentes etapas de suas vidas. Existem importantes diferenças entre as síndromes e quadros clínicos que caracterizam as condições individuais e apresentam efeitos mais ou menos limitantes. As seguintes sugestões favorecem o acesso ao currículo:

• encorajar o estabelecimento de relações com o ambiente físico e social;
• oportunizar e exercitar o desenvolvimento de suas competências;
• estimular a atenção do aluno para as atividades escolares;
• utilizar instruções e sinais claros, simples e contingentes com as atividades realizadas;
• oferecer modelos adequados e corretos de aprendizagem (evitar alternativas do tipo “aprendizagem por ensaio e erro”).


Em nossa realidade, considerando o TEACCH:


- Estimular a aprendizagem visualmente mediada
- Criar materiais adaptados em sistemas de trabalho
- Uso de agendas
- Uso de comunicação alternativa
- Uso de técnicas de modificação de conduta visando adequação em sala de aulaintegralmente

TEACCH - O que é?



TEACCH - Treatment and Education of autistic and comunication handicapped children – uma abordagem comportamental com apoio na psicolingüística que tem como objetivo facilitar a aprendizagem da pessoa com autismo a partir do arranjo ambiental, ensino estruturado e comunicação alternativa. É um método americano específico para as desordens comportamentais advindas do autismo, sendo que sua aplicação provoca inúmeros benefícios nas áreas de linguagem, comportamento, comunicação e habilidades escolares.
SABENDO MAIS SOBRE O TEACCH:
Como o TEACCH funciona?
O modelo TEACCH funciona com uma série de procedimentos e materiais específicos para atender ao que o aluno com autismo necessita
Enfatiza basicamente as seguintes necessidades:
- Estrutura
- Sinalização do ambiente
- Previsibilidade da rotina
- Visualização das tarefas
- Comunicação alternativa
O que o TEACCH nos ensina?
O Programa TEACCH ensina para os pais e educadores:

1. Que podemos ensinar oportunidades para comunicar, fazer escolhas e meios comunicativos mais adequados enquanto trabalhamos os conteúdos escolares;

2. Que mais do que um simples componente curricular, a comunicação deve passar por todos os procedimentos e objetivos desde a idade mais precoce

3. Que os alunos autistas respondem bem aos sistemas organizados e visualmente estruturados (Schopler & Mesibov,1995)

4. Que a definição de “estrutura” do ensino é tida como a colocação das coisas, dos fatos, materiais e ambiente em um padrão definido de organização;

5. Que na tarefa de ensinar o que o aluno precisa e incentivar o potencial para favorecer as habilidades,esquecemos de olhar para as condutas necessárias para que as crianças funcionem tão independentes quanto possam.
TEACCH - Princípios e objetivos

Os objetivos do TEACCH são basicamente dez, a saber:

1. Ensinar a relação entre causa e efeito

2. Incentivar a comunicação

3. Ensinar habilidades para a vida adulta

4. Promover o máximo de independência reduzindo a ajuda do adulto

5. Promover clareza e sinalização do ambiente e tarefas

6. Apresentar visualmente instruções

7. Organizar a noção de fim

8. Manter a Rotina com flexibilidade

9. Respeitar a individualidade

10. Ensinar habilidades em situações as mais próximas das naturai



Princípios do programa TEACCH
Guiando-se pelos princípios abaixo, o TEACCH oferece as idéias básicas de sua fundamentação, sem as quais o educador não conseguirá organizar-se na estrutura do programa.
São eles:

1.Para se ensinar novas habilidades é necessário adequar o ambiente ás dificuldades do indivíduo.

2.A colaboração entre família e escola é condição indispensável para o tratamento
Para que que a intervenção seja eficaz é necessário colocar ênfase na HABILIDADE e nas facilidades

4.A corrente teórica que fundamenta a prática educativa é a cognitivo-comportamental

5.A avaliação deve nos guiar pelas áreas de desenvolvimento

6.Os suportes visuais auxiliam na estruturação da forma de ensinar. São os chamados “prompts"

7.A Previsibilidade organiza a mente caótica da pessoa com autismo



Fundamentação básica:

1.Preocupar-se com os interesses e facilidades do aluno

2.Realizar avaliação processual

3.Auxiliar o aluno na compreensão dos significados

4.Potencializar a comunicação com a família

5.Estruturar a forma de ensinar e apresentar as tarefas

6.Planejar estratégias de mudança comportamental mediante a análise funcional do comportamento



Características do TEACCH

• Individualidade na programação do currículo

• Instrução visual

• Rotina com flexibilidade

• Ambiente livre de hiperestimulação

• Ordenação universal (da esquerda para a direita/ de cima para baixo)

• Clareza nas ordens

• Automonitoramento provocando independência

• Análise de tarefas como recurso de ensino e avaliação

• Atividades e tarefas organizadas em sistemas de trabalho



Contribuições do TEACCH:

1. Favorecer a Generalização

2. Favorecer o Controle do comportamento

3. Estimular e desenvolver Atenção

4. Administrar a Sequencialização




O TEACCH não visa eliminar o padrão autistico, mas aproveitar o que o autismo provoca na pessoa.

Ao mesmo tempo em que o TEACCH estrutura atividades em sistemas de trabalho que organizam o pensamento e evidenciam o conceito que está sendo ensinado, o oferecimento das tarefas em vários contextos (ambientes, pessoas, situações, material) favorece a generalização do conteúdo, gerando a aprendizagem.

O que infelizmente ainda se vê em instituições e escolas que supostamente usam o TEACCH, é o aluno executando as mesmas atividades por tempo indeterminado, sentado em uma mesa de trabalho o tempo todo, sem variar de conteúdo, sem mudar a ordem de apresentação, sem introduzir o conceito ensinado em outras tarefa, etc. Esta prática ajudou a proliferar a falsa idéia de que o TEACCH "mecaniza" ou "robotiza" os alunos. (ver "mitos e verdades sobre o TEACCH" no link TEACCH - o que é).
Isso não é verdade quando usamos as formas adequadas e o uso correto dos procedimentos de ensino. Além disso, colocando ênfase em um conceito, guiando o aluno para o foco a ser trabalhado, eliminando estímulos desnecessários e concorrentes, garantimos a atenção e por conseguinte, sucesso no trabalho. Tal engajamento, sendo mais produtivo faz com que o aluno obtenha sucesso e passe a emitir condutas mais adequadas. Sabendo o que tem que ser feito, por quanto tempo terá que trabalhar, visualizando a instrução e reconhecendo o que se espera dele, o aluno com autismo sai de um estado ansioso e passa a contribuir funcionalmente para a sua aprendizagem. Talvez seja esta a maior contribuição do TEACCH para estas pessoas.


O Programa TEACCH beneficia alunos que apresentam:

1. Dificuldade na aprendizagem de conceitos

2. Foco excessivo em detalhes

3. Distrabilidade

4. Pensamento concreto

5. Dificuldade na associação de idéias

6. Dificuldade na generalização

7. Impulsividade e ansiedade

8. Anormalidades sensório-perceptuais

Fonte http://www.cedapbrasil.com.br/portal/modules/mastop_publish/?tac=TEACCH_-_O_que_%E9%3F

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O que é Autismo, Síndrome de Asperger e Afins?

Projeto Autistas.Org
O autismo é um transtorno do desenvolvimento, que manifesta-se tipicamente antes dos 3 anos de idade. Este transtorno compromete todo o desenvolvimento psiconeurológico, afetando a comunicação, (fala e entendimento) e o convívio social, apresentando em muitos casos um retardo mental. Segundo pesquisas, cerca de 60% dos indivíduos autistas apresentam epilepsias.

Por ainda não ter uma causa específica definida, é chamado de Síndrome (=conjunto de sintomas) e foi primeiro classificado em 1943 por Leo Karner. Hans Asperger pesquisou e em 1944 classificou a Síndrome de Asperger, um dos espectros mais conhecidos do Autismo, a grosso modo, um autismo brando. Ao conjunto de determinadas variações, chamamos de Espectro do Autismo, pois somam-se as características autísticas, outras específicas de cada grupo de outros sintomas.

Em estatística publicada pela revista americana Time Magazine (Maio/2003), a incidência de autismo atualmente é 1 em cada 150 nascimentos sendo 4 meninos para 1 menina. Como em qualquer síndrome o grau de comprometimento pode variar do mais severo ao mais brando e atinge todas as classe sociais, em todo o mundo.

O autismo é geralmente diagnosticado por um médico neuropediatra ou por um psiquiatra especializado em autismo. Os critérios de diagnósticos mais aceitos são avaliações completas com base na DSM IV (da Associação Americana de Psiquiatria) ou CID 10 (publicado pela Organização Mundial de Saúde). Lembre-se o diagnóstico deve ser feito por profissional especializado.

Ainda não se tem uma causa específica, mas há várias suspeitas de possíveis causas e as pesquisas não param. Recentes estudos apontam a contaminação por mercúrio (thimerosal) e outros metais pesados como possíveis causas. Em alguns países já é proibido o uso de vacinas com thimerosal e outros agentes portadores de mercúrio na fabricação de vacinas.
Alguns espectros mais conhecidos de autismo são
Síndrome de Angelman.
Síndrome de Asperger.
Síndrome do X Frágil.
Hiperlexia.
Síndrome de Landau Kleffner.
Distúrbio Obsessivo-Compulsivo.
Distúrbio Abrangente do Desenvolvimento.
Síndrome de Rett.
Síndrome de Prader-Willi.
TDA: Transtorno do Déficit de Atenção/hiperatividade.
Maiores detalhes no site Projeto Autistas.Org. http://www.autistas.org/

O que é a Síndrome do X Frágil - SXF?

A Síndrome do X Frágil é uma condição de origem genética, considerada a causa mais freqüente de comprometimento intelectual herdado. As pessoas afetadas apresentam atraso no desenvolvimento, problemas de comportamento e, eventualmente, características físicas peculiares.

Estima-se que 1 em 2000 homens e 1 em 4000 mulheres sejam afetados pela mutação completa, sendo, na maioria das vezes, os homens mais gravemente afetados do que as mulheres. As características dos portadores da Síndrome do X Frágil vêm sendo observadas há muitos anos em pessoas com atraso de desenvolvimento.

Em 1969 Herbert Lubs, pesquisando uma família onde dois irmãos apresentavam comprometimento intelectual, localizou uma falha (sítio frágil) na região distal do braço longo do cromossomo X destes indivíduos. Nos anos 70, Grant Sutherland estudando a ocorrência do sítio frágil, deu o nome de X frágil a este cromossomo. Foi possível, então, caracterizar o conjunto destes sinais e sintomas e passa a ser usado o nome Síndrome do X Frágil.

Em maio de 1991, três grupos independentes de pesquisadores, na França, Holanda e Austrália, clonam o gene FMR 1. Este é o gene responsável pela Síndrome do X Frágil. Os estudos prosseguem, estando já identificados o X Frágil, nele o gene FMR 1, e a proteína FMRP.

Em 13 de maio de 1997, William Greenough e colaboradores (EUA, Bélgica e Holanda) publicam trabalhos que apontam a proteína FMRP como essencial na maturação das sinapses. A falta da proteína parece apenas atrasar o desenvolvimento dos neurônios, não danificá-los ou destruí-los. Pesquisas atuais investigam caminhos que devem levar a tratamentos mais eficazes e finalmente à cura da Síndrome do X Frágil.



Características Físicas.
Recém-nascidos não apresentam indícios de aparência física que antecipem uma suspeita precoce da SXF. De forma semelhante a outros quadros clínicos, apresentam macrocefalia (perímetro da cabeça maior que o normal) e hipotonia (baixo tônus muscular), podendo esta revelar-se, por exemplo, na falta de força para sugar na mamada.

Pessoas afetadas pela Síndrome do X Frágil gozam de boa saúde e sua aparência pode ser semelhante à de outras pessoas. Algumas características físicas, entretanto, são freqüentes e em geral se tornam mais evidentes após a puberdade:

face alongada;
orelhas grandes e em abano;
mandíbula proeminente;
macrorquidia (testículos aumentados), principalmente no adulto.
Podem apresentar ainda, ou somente, um ou vários dos traços abaixo:

hipotonia muscular;
comprometimento do tecido conjuntivo;
pés planos (chatos);
hiperextensibilidade das articulações;
palato alto;
peito escavado;
prolapso da válvula mitral;
prega palmar única;
estrabismo;
escoliose;
calosidade nas mãos (decorrente do hábito de morder as mãos).


Características Intelectuais.
Atraso no desenvolvimento é a característica mais significativa das pessoas afetadas pela Síndrome do X Frágil.

O comprometimento intelectual é variável, podendo ir desde uma dificuldade de aprendizagem a um retardo grave. Geralmente é acompanhado de atraso na fala e na capacidade de comunicação.

Cada indivíduo pode apresentar muita desigualdade entre suas habilidades cognitivas. Parece incoerente que tenham bom desempenho no aprendizado de alguns tópicos e dificuldade em conceitos às vezes elementares.

Algumas das suas características podem ser bem aproveitadas:

excelente memória;
facilidade em identificar logotipos e sinais gráficos;
geralmente bom vocabulário;
facilidade para cópia;
habilidade para leitura;
uso de jargões e frases de efeito.
As dificuldades estão principalmente na abstração e na integração das informações:

seguem instruções "ao pé da letra";
podem dar importância a aspectos irrelevantes;
fala fora do contexto;
fala repetitiva;
ecolalia.
Alguns têm prejuízos muito pequenos, com desempenho praticamente normal. Outros têm comprometimentos moderados, mas com atendimentos especializados chegam a bons resultados sociais e funcionais. Os indivíduos com comprometimento grave sempre precisarão de apoio.



Comportamento da Pessoa com X Frágil.
Pessoas afetadas pela Síndrome do X Frágil geralmente apresentam comportamento diferente da maioria das pessoas. São freqüentes as seguintes características:

hiperatividade;
impulsividade;
baixa concentração;
ansiedade social;
dificuldade em lidar com estímulos sensoriais;
imitação;
desagrado quando a rotina é alterada;
comportamentos repetitivos;
irritação e "explosões emocionais"
traços de autismo como:
agitar as mãos;
evitar contato tátil;
evitar contato visual.
Nas meninas afetadas estes traços são mais sutis. Nelas a dificuldade de relacionamento social é marcada por timidez acentuada.

Muitas vezes as características comportamentais são os sinais mais sugestivos da necessidade de investigação diagnóstica. Em geral são pessoas dóceis, que cativam os que convivem com eles. É comum encontrar terapeutas e professores que torcem por eles e vibram a cada conquista. A mesma simpatia costumam encontrar entre os funcionários que participam de sua rotina em casa, na escola, no comércio...



Diagnóstico.
As pessoas com a Síndrome do X Frágil, na maioria das vezes, não são identificadas pelas suas características clínicas. Portanto, o teste laboratorial para diagnóstico da síndrome está indicado sempre que a pessoa tiver comprometimento intelectual de causa desconhecida, seja menino ou menina.

O diagnóstico é realizado pelo estudo do DNA para detectar a Síndrome do X Frágil. É feito através de amostra de sangue, analisada em laboratório de genética. Este teste identifica tanto portadores de pré-mutação como de mutação completa.

Exame citogenético (cariótipo) pode diagnosticar a Síndrome do X Frágil mas, tendo em vista a possibilidade de resultado falso negativo neste teste, ele não é definitivo quando o resultado é negativo. Além disto, exames citogenéticos não identificam portadores da pré-mutação. Se o resultado do teste for positivo, deve-se procurar aconselhamento genético.

Quando se sabe que um membro da família é portador da síndrome, os outros familiares devem ser testados. Mulheres que pretendem engravidar devem fazer o teste, se qualquer membro da família apresentar traços característicos do X Frágil. O planejamento familiar precisa considerar os riscos de transmissão do gene alterado. O diagnóstico pré-natal já pode ser realizado. O estudo do DNA das células das vilosidades coriônicas, permite o diagnóstico de fetos portadores da mutação completa no primeiro trimestre de gestação.

Só o diagnóstico conclusivo permite definir estratégias de atendimento mais adequadas para o desenvolvimento dos indivíduos afetados pela Síndrome do X Frágil. Aspectos sociais e de saúde pública são relevantes e confirmam a necessidade de diagnóstico preciso e precoce. Na Síndrome do X Frágil prevenção é o melhor tratamento.



Genética.
Todos os seres humanos são formados por células. No interior destas células há um conjunto de estruturas denominadas cromossomos onde se encontram os genes que definem nossas características. O número de cromossomos presente nas células de uma pessoa é 46 (23 do pai e 23 da mãe), e estes se dispõem em pares, formando 23 pares. Destes, 22 pares são semelhantes em ambos os sexos. O par restante compreende os cromossomos sexuais, de morfologia diferente entre si, que recebem o nome de X e Y. No sexo feminino existem dois cromossomos X (um recebido do pai e outro da mãe) e no masculino existem um cromossomo X e um Y ( X recebido da mãe e Y do pai).

A Síndrome do Cromossomo X Frágil é causada pela mutação do gene denominado FMR 1, localizado no cromossomo X. O cromossomo X apresenta uma falha na porção subterminal de seu braço longo (Xq27.3) quando suas células são cultivadas em condições de deficiência de ácido fólico ou que afetem o metabolismo das bases nitrogenadas necessárias para a síntese do DNA, Esse cromossomo é denominado X frágil - fra(X).

Nem todas as células do afetado mostram o fra(X), o que exige a análise de pelo menos 100 células, após o cultivo dos linfócitos em condições que induzam o aparecimento da falha, para que se possa afastar ou estabelecer o diagnóstico com segurança.

O mecanismo da mutação é a variação do número de cópias de uma repetição instável de trinucleotídeos - CGG (Citosina-Guanina-Guanina), na extremidade 5 do gene FMR 1. A mutação acontece em etapas, ao longo das gerações. Às primeiras dessas etapas dá-se o nome de pré-mutação.

Nos indivíduos normais da população o número de cópias desta seqüência de CGG varia de 6 a 50 Na mutação completa o número de repetições é superior a 200, podendo chegar a milhares de trinucleotídeos. Indivíduos com mutação completa são portadores da Síndrome do X Frágil.

Um número intermediário, entre 50 até 200 repetições caracteriza a pré-mutação e esses indivíduos em geral não apresentam sintomas. As estatísticas indicam que 1 em 250 mulheres e 1 em 700 homens são portadores da pré-mutação. A pré-mutação pode passar por várias gerações até que se transforme numa mutação completa e apareça uma criança afetada.

Estudos indicam que o número de repetições de trinucleotídeos tende a aumentar a cada geração, principalmente quando transmitida por uma mulher. Sendo assim,o risco para a prole de mulheres portadoras da pré-mutação é maior a cada geração. Em pessoas afetadas o gene FMR 1 fica inativo, comprometendo a produção da proteína FMRP, cuja função exata ainda está sendo investigada.

Nas mulheres o quadro clínico é, em geral, menos grave provavelmente pela compensação do segundo cromossomo X. A pré-mutação, quando transmitida por uma mulher, pode sofrer modificação, ficando ainda como pré-mutação ou transformando-se numa mutação completa.

O pai portador passa o gene alterado para todas as suas filhas, mas não para os seus filhos. Os homens com a pré-mutação a transmitem para suas filhas com o número de repetições praticamente sem alteração.



Tratamentos.
Atualmente diversos centros de pesquisa investigam as causas e possíveis soluções para a Síndrome do X Frágil:

a terapia genética estuda a possibilidade de inserir no cromossomo X um gene perfeito, substituindo o gene FMR 1 alterado;
na terapia de reposição, a proteína FMRP viria de uma fonte externa;
estudos recentes buscam a possibilidade de reativar o gene FMR 1;
a psicofarmacologia focaliza o uso de medicamentos mais específicos para atenuar ou eliminar os sintomas da síndrome.
Terapias especiais e estratégias de ensino podem ajudar as pessoas afetadas a melhorar o seu desempenho, facilitando a conquista da independência que lhe for possível.

As crianças devem ser acompanhadas por neurologista, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e outros profissionais tanto da saúde como da educação. As áreas de atendimento especializado são definidas de acordo com cada indivíduo e devem se revistas ao longo de seu desenvolvimento.

Educadores e terapeutas devem: minimizar estímulos que não sejam tão importantes naquele momento; dividir as atividades em blocos de acordo com seu tempo de atenção; reduzir a necessidade de contato visual e informar a criança sobre mudanças na sua rotina.

A dificuldade em lidar com estímulos excessivos pode levar a comportamentos inadequados como agitar as mãos, fala repetitiva e irritação, mesmo em situações em que suas habilidades cognitivas são suficientes para um bom desempenho.

O uso do computador tem sido muito eficiente para realizar atividades educativas: tem a vantagem de apresentar inúmeras vezes a atividade desejada, não requer a constante interação com outra pessoa, e possibilita ir além da proposta inicial quando houver interesse.

Pessoas afetadas pela Síndrome do X Frágil tendem a imitar, portanto é imprescindível que se dê um modelo adequado. Eles sentem-se bem quando a rotina é seguida, aproveite e estabeleça uma rotina que lhes traga benefícios. É certo que não podem ser exigidos além de seu potencial, mas temos verificado que este potencial em geral é maior do que imaginávamos.

Conteúdos Educacionais Microsoft - Programa de Acessibilidade



O Programa de Acessibilidade disponível na página http://www.conteudoseducacionais.com.br/acessibilidade.asp Conteúdos Educacionais da Microsoft tem por objetivo capacitar professores para o uso das TICs e da Tecnologia Assistiva no cotidiano escolar e para a personalização das ferramentas de facilidade de acesso dos sistemas operacionais Windows e seus aplicativos, visando a construção da autonomia e inclusão de alunos com deficiência – seja ela física, visual, auditiva ou de desenvolvimento.

Para ter acesso ao material basta realizar um simples cadastro.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Práticas Inclusivas

O Patinho feio
O meu contributo para uma versão revista e ampliada

A D. Patiana chocou todos os seus ovos com o mesmo calor e por isso esperava todos os seus patinhos lindos e espertos. Mas um deles, ao qual chamou Patusco, não correspondia ao seu imaginário: era estranho, de cabeça achatada e uns olhos esbugalhados.

Quando mostrou os filhitos ao pai, o Sr. Patolino ficou muito desconfiado com a aparição daquele filho tão diferente. Disse à companheira que talvez ela tivesse dado uma escapadela com um pato turista. A D. Patiana ficou ofendida, era só o que lhe faltava, nascia-lhe um filho tão esquisito e ainda tinha que aguentar acusações. Pôs-se então a pensar se não teria havido alguma troca de uma das suas vizinhas de choco.

Quando percebeu que não conseguiria comprovar essa suspeita, começou a pensar que uma das patas que invejavam o seu companheiro talvez pudesse ter-lhe lançado uma maldição. E, mais uma vez, nada podia comprová-lo. Seria então algum castigo do Deus Patão por ela ter sido tão vaidosa? Ou seria um defeito genético passado de gerações anteriores e que agora se manifestava? Por mais que quisesse alguém ou alguma coisa a que atribuir as culpas, nada conseguia. Portanto, havia que assumir que era seu filho e cuidá-lo como aos outros. Mas custou-lhe muito. Chorou rios de lágrimas, sentiu-se traída pelo destino. Vendo o seu sofrimento, o Sr. Patolino concluiu que, em vez de passar a vida a discutir com a companheira, tinha era de estar do lado dela e decidirem juntos o que fazer para educar o Patusco.

Quer ler a continuação desta história (artigo) ? Acesse aqui.http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=1377

Como fazer a inclusão ??
Nesta seção uma série de textos e dicas com efeito demonstrativo, ou seja, trabalhos que reflitam e inspirem práticas inclusivas concretas.

1 - Como saber se um escola é realmente inclusiva?
Romeu Sassaki traduziu e adaptou cinco textos elucidativos sobre as características mais importantes para observar-se numa escola inclusiva.

2 - O acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns da rede regular

Livreto de 60 páginas, publicado pelo Ministério Público, com apoio do MEC, que apresenta um referencial para a construção dos sistemas educacionais inclusivos, organizados para atender o conjunto de necessidades e características de todos os cidadãos. Elaborado por profissionais de diversas áreas e instituições ligadas a pessoas com deficiência, faz uma análise da legislação pertinente à educação especial e orientações pedagógicas que discutem a prática dos educadores. Pode ser acessada, baixada e reproduzida livremente.

3 - Vai escrever ou falar sobre deficiência? Saiba o que dizer e, principalmente, o que NÃO dizer

Que termos usar e não usar. Estas recomendações valem para a área de comunicação. Não se trata do politicamente correto, mas sim de legitimar avanços de mudança de mentalidade que as palavras devem refletir. Adaptado do guia Mídia Legal, da Escola de Gente, por Patricia Almeida.

4 - ”Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças”

Trata-se de um texto de Maria Teresa Mantoan, que responde ponto a ponto várias dúvidas que estão na mente de todo o mundo sobre a educação inclusiva.

5 - Edições sobre educação em formato eletrônico na UNESCO

Coleção com mais de 200 títulos disponíveis para leitura e download sobre educação diretamente do site da UNESCO. Em português.

6 - Legislação sobre inclusão e deficiências

Acesse no link acima uma coleção de leis e peças legislativas que tratam da educação especial e direitos dos deficientes no âmbito federal.

7 - Publicações do MEC sobre inclusão

Leia e/ou faça download das publicações editadas pela Secretaria de Educação Especial do MEC sobre educação e inclusão.

8 - Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência Comentada

Organizada por Ana Paula Crosara Resende e Flavia Maria de Paiva Vital e editada pela CORDE - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, esta publicação traz os 50 artigos da Convemção comentados por estudiosos e especialistas no assunto.

9 - Leituras selecionadas na Rede Saci

Conheça diversos textos e artigos que refletem sobre a questão da deficiência e a inclusão social a partir da Rede Saci. A Rede SACI é uma realização da Coordenadoria Executiva de Cooperação Universitária e de Atividades Especiais da Universidade de São Paulo (CECAE-USP), da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), do Amankay Instituto de Estudos e Pesquisa, e do Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NCE-UFRJ).

10 - Educação Inclusiva - o que o professor tem a ver com isso?

O livro relata experiências, conhecimentos e informações sobre como as escolas podem integrar crianças com algum tipo de deficiência. O texto, de autoria da jornalista e escritora Lia Crespo, foi complementado por informações do site da Rede SACI (www.saci.org.br), especialmente do Observatório da Educação. Ricardo Ferraz assina as ilustrações, bem humoradas, que enfatizam o conteúdo. Constituindo-se assim em um importante produto produzido a partir da prática, criando um ambiente propício para o compartilhamento da informação e do conhecimento.

Fonte: Agencia para promoção da inclusão


ATIVIDADES E ESTRATÉGIAS


Quem tem deficiência é capaz de muita coisa:
ler, escrever, fazer contas, correr, brincar e até ser independente.A grande novidade é que, se a criança for estimulada a descobrir seu potencial, as dificuldades deixam de persistir em tudo o que ela faz.

DEFICIENCIA VISUAL
O mundo pelo toque

A TURMA SE APRESENTA
Para fazer com que a turma acolha e se entrose bem com o novo colega, combine com as crianças que elas, uma por dia, o acompanharão ao pátio, ao banheiro,
até a perua escolar etc. Em geral elas se entusiasmam com essas incumbências.

VENCENDO OS MEDOS
É comum a criança com deficiência visual sentir desconforto e até medo de mexer com alguns materiais,
como cola. Mostre que você mesmo costuma tocar no material em questão, estimulando-a a fazer o mesmo para mostrar que não há mal nenhum em manipular e se sujar.

BRINCADEIRA EM DUPLA
Nas aulas de Educação Física, privilegie atividades feitas ao pares, como o pique-pedra, em que as duplas
têm de correr para não serem pegas e virarem estátua. Assim o colega ajuda na orientação espacial do aluno cego.

CAIXA MÁGICA
Para criar um vínculo de confiança com o aluno, o professor prepara uma caixa cheia de objetos do cotidiano, como retalhos de pano, pedaços de plástico,
perfume, pó de café, palha de aço e formas geométricas. O aluno com deficiência visual será convidado a, periodicamente (pode ser todo dia), pegar uma das coisas e descrevê-la diante da classE.

DEFICIENCIA MENTAL
O tempo de cada um

PROPORÇÃO
O desenvolvimento da coordenação motora pode ser mais lento em crianças que têm deficiência mental.
Uma das maneiras de estimular o aluno a dominar seus movimentos é fazê-lo escrever o nome em folhas de papel de diferentes tamanhos. Assim, ele também visualiza a necessidade de aumentar ou diminuir a letra
de acordo com o espaço.

INTEGRAÇÃO
É muito comum uma criança com deficiência mental ter problemas de oralidade. Por isso, aulas que estimulem o aluno a contar histórias são bem-vindas. É importante dar continuidade à atividade com bate-papos na classe sobre os personagens ou sugerindo que os estudantes dêem o próprio final à trama e o apresentem aos colegas. A atividade deve sempre ser feita com a turma toda.

VARIEDADE
Diversifique os meios de acesso ao conteúdo na sala de aula. Crianças com deficiência mental (e sem deficiência também) nem sempre aprendem por meio de folhas com exercícios impressos, livros didáticos ou material concreto de Matemática. Elas podem se identificar mais com músicas, passeios, desenhos,
vídeos ou debates.

DEFICIÊNCIA FÍSICA
Sem obstáculos para o saber

BEM-ESTAR FÍSICO
Procure saber sobre o histórico pessoal e escolar do aluno com deficiência, informe-se com a família e o médico sobre o estado de saúde e quais os efeitos dos
remédios que ele está tomando. Esse conhecimento é a base para sugerir qualquer atividade que exija esforço físico. Os exercícios podem, por exemplo, interferir na metabolização de medicamentos.

HABILIDADES BÁSICAS
Para ajudar a criança com deficiência física nas habilidades sociais, escolha atividades relacionadas às exigências diárias, como deitar, sentar e levantar-se,
arremessar e pegar objetos, parar e mudar de direção. Proponha jogos nos quais o aluno faça escolhas
(passar por cima ou por baixo de cordas ou elásticos), para que ele perceba o controle que pode ter sobre o corpo.

INTERAÇÃO
Estimule o contato da criança com deficiência com os colegas, permitindo a troca de idéias, a expressão de
emoções e o contato físico para auxiliar nas diversas atividades.

PEÇAS IMANTADAS
Use material concreto e lousa com letras magnéticas para facilitar a formação de palavras e a memorização quando houver restrição no movimento dos braços.

Deficiência auditiva
Além do silêncio

ATITUDE DO PROFESSOR
Em sala, fale sempre de frente para o aluno surdo (se ele souber ler lábios), escreva no quadro e utilize textos impressos.

INFORMAÇÕES EM IMAGENS
Enriqueça as aulas produzindo murais com palavras, conceitos e conteúdos (a classificação gramatical das palavras, a conjugação de verbos, os dias da
semana, os meses, as festas etc.). Você pode ainda elaborar pastas temáticas com imagens para cada
assunto estudado.

GRAMÁTICA
Faça jogos com fichas sobre questões gramaticais com respostas alternativas e destaque a correta. O adversário lê a pergunta e vê a resposta certa. Quem
errar perde a vez. Se a criança surda não souber ler lábios, peça para um aluno escrever as questões num papel ou no quadro. Outra brincadeira interessante
pode ser feita recortando períodos ou frases de um texto e embaralhando-os. As crianças devem ordená-los, treinando a seqüência lógica e o uso de palavras
que fazem a ligação entre os trechos.

COMPREENSÃO DE TEXTO
Para saber se o aluno surdo entendeu um texto, peça que ele desenhe período por período. Isso mostra quais palavras se perderam ou não foram entendidas.
Faça também perguntas que remetam aos elementos da sentença: Quem? O quê? Onde? Assim, o aluno aprende a conjugação verbal e o uso de preposições, artigos e conjunções

Deficiência múltipla
Sentir a vida

ROTINA DA ESCOLA
Estabeleça símbolos na sala de aula para que um aluno surdocego compreenda, aos poucos, sua rotina
escolar: ao entrar na sala, ele toca a porta, o quadro e o giz, sempre na mesma ordem e com a ajuda do
professor ou de um colega; antes de iniciar uma atividade, ele pode passar as mãos nas folhas de um caderno. O mesmo mecanismo serve para a hora do lanche e de ir embora.

RODA DE BRINCADEIRA
Observar o comportamento das crianças sem deficiência
ajudaaquelas que têm deficiência múltipla a se desenvolver.Por isso, faça jogos e brincadeiras
que reúnam a turma no final das aulas. Se o aluno com paraplegia, por exemplo, tem dificuldade para se movimentar, sente-o no chão (se o médico autorizar),
em roda com os demais, e proponha uma atividade em
que eles usem as mãos e os braços.

INCENTIVO AO MOVIMENTO
É possível estimular a criança de pré-escola que não engatinha. Deitada numa cama elástica, ela sente as oscilações causadas pela atividade dos colegas. Vê-los
engatinhando e rolando a leva a tentar os mesmos movimentos. Se o médico autorizar, deixe-a
o mínimo tempo possível na cadeira de rodas. Ela se sentirá instigada a se mexer ao se sentar com
os colegas num tapete ou tatame.

HISTÓRICO DO ALUNO
Pesquise tudo sobre a criança: de onde ela vem, como é a família, como se comunica e quais as
brincadeiras preferidas. Na avaliação, valorize a evolução do aluno, dentro de seus limites, e não os resultados. Afinal, em certos casos há um grande avanço entre chegar sem falar e depois participar
das aulas oralmente.


Sugestões para ensinar todos os alunos da classe



Aprender com as Diferenças
Você já pensou sobre isto?

• Convença-se que todos os seus alunos sabem alguma coisa e que todos podem aprender, cada um de acordo com seu jeito e com seu tempo próprios;
• Tenha altas expectativas em relação a todos os seus alunos, pois eles só aprenderão se você acreditar que isso é possível;
• Renuncie à idéia de que somente você tem algo a ensinar na classe e acredite que seu aluno também tem seu próprio saber;
• Dê oportunidades para o aluno aprender a partir do que sabe e chegar até onde é capaz de progredir. Afinal, os alunos aprendem mais quando tiram suas dúvidas, superam incertezas e satisfazem curiosidade;
• Promova o diálogo entre os alunos e suas diferentes características étnicas, religiosas, de gênero, de condição física;
• Faça com que todos interajam e construam ativamente conceitos, valores, atitudes, em vez de priorizar o ensino expositivo em sua sala de aula.

Fonte:
PROCURADORIA FEDERAL DOS DIREITOS DO CIDADÃO, O Acesso de Pessoas com Deficiência às Classes e Escolas Comuns da Rede Regular de Ensino, [artigo online] . 2003.

A INCLUSÃO QUE FUNCIONA

Mais do que criar condições para os deficientes, a inclusão é um desafio que implica mudar a escola como um todo, no projeto pedagógico, na postura diante dos alunos, na filosofia...

Valorizar as peculiaridades de cada aluno, atender a todos na escola, incorporar a diversidade, sem nenhum tipo de distinção. Nunca o tema da inclusão de crianças deficientes esteve tão presente no dia-a-dia da educação — e isso é uma ótima notícia. Tal qual um caleidoscópio, que forma imagens com pedras de vários tamanhos, cores e formas, cada vez mais professores estão percebendo que as diferenças não só devem ser aceitas, mas também acolhidas como subsídio para montar (ou completar) o cenário escolar. E não se trata apenas de admitir a matrícula desses meninos e dessas meninas — isso nada mais é do que cumprir a lei. O que realmente vale (e, felizmente, muitos estão fazendo) é oferecer serviços complementares, adotar práticas criativas na sala de aula, adaptar o projeto pedagógico, rever posturas e construir uma nova filosofia educativa.

Reportagem completa na Novaescola

O que é Tetraplegia?


Uma das limitações físicas mais severas (ou tetraplegia), onde ocorre a perda em maior ou menor grau, do movimento dos braços e pernas do indivíduo. Existe uma imensa gradação nessa perda de movimento, que pode ir desde a perda de força, até uma imobilidade completa. As situações que provocam a tetraplegia são muitas, mas quase todas tem a ver com danos a uma porção da medula na coluna cervical.

Os maiores causadores são os acidentes de automóvel, os provocados por mergulhos de cabeça, os tiros, os erros médicos e os acidentes vasculares cerebrais. O número de pessoas portadoras de tetraplegia é muito maior do que a maioria das pessoas imagina, pois esses indivíduos são freqüentemente mantidos em suas residências (em suas camas), absolutamente isolados do mundo; e quanto mais pobre, menos acesso terá a tecnologias assistivas, e portanto mais isolado estará o indivíduo.

Saiba mais no site do Projeto http://intervox.nce.ufrj.br/motrix/tetraplegia.htm

PROJETO MOTRIX


Olá pessoal, encontrei neste site mais esta maravilhosa oportunidade de trabalharmos com crianças e adultos deficientes físicos.

Se você deixa de ver a pessoa, vendo apenas a deficiência quem é o cego?
Se você deixa de ouvir o grito do seu irmão para a justiça, quem é o surdo?
Se você não pode comunicar-se com sua irmã e a separa, quem é o mudo?
Se sua mente não permite que seu coração alcance seu vizinho, quem é o deficiente mental?
Se você não se levanta para defender os direitos de todos, quem é o aleijado?
A atitude para com as pessoas deficientes pode ser nossa maior deficiência...
E a sua também.

(Autor desconhecido)


O MOTRIX é um software que permite que pessoas com deficiências motoras graves, em especial tetraplegia e distrofia muscular, possam ter acesso a microcomputadores, permitindo assim, em especial com a intermediação da Internet, um acesso amplo à escrita, leitura e comunicação. O acionamento do sistema é feito através de comandos que são falados num microfone.

O uso do Motrix torna viável a execução pelo tetraplégico de quase todas as operações que são realizadas por pessoas não portadoras de deficiência, mesmo as que possuem acionamento físico complexo, tais como jogos, através de um mecanismo inteligente, em que o computador realiza a parte motora mais difícil destas tarefas. O sistema pode ser acoplado a dispositivos externos de home automation para facilitar em especial a interação do tetraplégico com o ambiente de sua própria casa.

Saiba mais e faça o download no site do Projeto http://intervox.nce.ufrj.br/motrix/

IBM cria aplicação que auxilia deficientes visuais e pessoas com dificuldade motora a navegar pela internet

O software conhecido como WAT está disponível a internautas sem custo algum para sua aquisição

IBM Brasil criou uma aplicação que facilita a navegação na Internet para pessoas que têm limitações na visão, dificuldades motoras, ou idosos, com pouca familiaridade com a Web. Infelizmente, ela ainda não contempla pessoas cegas, apenas aquelas com visão subnormal ou com vista cansada. Este software é chamado IBM Web Adaptation Technology (WAT) - Tecnologia de Adaptação à Web.SAIBA MAIS...
http://www.saci.org.br/index.php?modulo=akemi¶metro=10568

Digitar por meio do olhar


Lendo uma coleção do site Educarede encontrei a sugestão deste site que disponibiliza o download gratuito do programa chamado DASHER.
Este programa permite aos usuários selecionar visualmente as letras do alfabeto na tela do computador para formar as palavras. O sistema pode ser controlado por um equipamento que rastreia o movimento dos olhos do usuário. Vale a pena conferir.
Quer saber mais, faça uma visita ao site http://www.inference.phy.cam.ac.uk/dasher/DasherSummary.html e veja sobre o DASHER

Softwares.

software Hércules e Jiló

Conversando com alguns alunos do PROINESP esta semana na disciplina de Softwares Educativos que atendessem o publico da educação especial, um deles me falou sobre o Hércules e Jiló. Pesquisei na internet e abaixo trago informações e o link onde baixá-lo.

O software educativo "Hércules e Jiló" foi idealizado para servir de apoio a intervenções pedagógicas no campo das Ciências Naturais, abordando conceitos relacionados com os seres que existem na Terra (diversidade, características, classificação, relações tróficas, ambientes naturais e construídos etc.).

Hércules é o nome de um menino, Jiló é seu cachorrinho. Eles não existem de verdade, mas se transformaram em personagens principais de um programa de computador educativo, criado na Faculdade de Educação (FE) da Universidade de Brasília (UnB). O programa oferece dez jogos que podem ser utilizados pelas crianças no próprio computador ou fora dele, desde que sejam impressos em papel e montados, como dominós. “Nossa idéia é mostrar que as crianças com necessidades especiais são capazes de aprender”, afirma a professora Amaralina Miranda, especialista na área que conclui no ano de 2005 o doutorado sobre o assunto, na Universidade Nacional de Educação à Distância, em Madrid, na Espanha. No programa, as imagens são alegres e coloridas para chamar a atenção e despertar o interesse pelo aprendizado.Quer saber mais sobre o software http://www.fe.unb.br/educaesp/pesquisa/Hercules%20e%20Jilo2.htm

Jogos de computador para cegos

Não sei se esta é uma realidade conhecida pela maioria de entre vós mas decidi escrever este artigo para dar a conhecer e talvez para orientar alguns possíveis novos interessados para este novo mundo que é uma fonte de bem-estar que nos transmite um sentimento de muita igualdade principalmente para os jovens como eu!

Eu em criança, como muitas crianças cegas tinha sempre o desejo incontrolável de ser igual aos outros e de fazer tudo o que os meus amigos faziam. Nessa altura todas as crianças passavam muito tempo a jogar computador e eu claro não conseguia.

Mas agora tudo mudou, muitos produtores (a maioria de países anglo saxónicos) criaram o fenómeno dos “acessible games” ou seja jogos que são totalmente acessíveis para pessoas sem visão.
E porquê? Simplesmente porque estes são jogos totalmente áudio onde a informação é totalmente sonora.

Para começar gostaria de indicar um site que digamos é o site da comunidade de jogadores e produtores de jogos para cegos:
www.audiogames.net
Este site (de língua inglesa) tem informação sobre todos os jogos existentes bem como descrições e links para o download dos mesmos. É uma excelente fonte para principiantes porque tem tudo o que devemos saber para nos orientarmos consoante os nossos gostos.

Não vou aqui dizer nem descrever os tipos de jogos que existem porque precisaria de escrever um artigo muito longo que poderia ser algo monótono mas diria para dar uma ideia que existem em versão áudio todos os tipos de jogos que existem para as pessoas com visão.

Em seguida vou citar um portal que tem um excelente jogo que é um simulador de corridas que está traduzido em português. O jogo chama-se Top Speed 2 e pode ser encontrado em:
www.playinginthedark.net

Outros jogos que são muito interessantes podem ser encontrados em páginas como:
www.kitchensinc.net
www.pb-games.com
www.vipgameszone.com
www.gmagames.com
www.lighttechinteractive.com
www.l-works.net

Existem muitos outros mas não seria interessante indicá-los todos porque seria uma lista interminável: apenas falei naqueles que me parecem ser os melhores. Se o tema interessar volto a escrever com mais informações.

Antes de terminar gostaria de mencionar um jogo on-line que está a ganhar cada vez mais adeptos que é um jogo que não é especificamente pensado para cegos mas que é perfeitamente acessível para os nossos leitores de ecrã e ainda por cima está traduzido em muitas línguas entre as quais o português. Neste jogo totalmente gratuito que é jogado no browser da Internet, somos um treinador de uma equipa de futebol e acompanhamos a nossa equipa na liga contra outros utilizadores. Joga-se em
www.hattrick.org

Fonte: Site Ler para ver

Game para inclusão

O jogo pernambucano Pesca letras foi o resultado prático do trabalho de conclusão de curso de Bruno Cosmo, que pesquisou sobre tecnologias assistivas. O estudo obteve o primeiro lugar na Mostra de Trabalhos Acadêmicos realizada durante a 2ª Semana de Informática da Unicap "Aprendemos muitas teorias na faculdade e por que não utilizar os princípios e conceitos na prática? O objetivo do jogo é promover a integração de crianças deficientes com as não-deficientes, e conscientizar os profissionais de informática no sentido de desenvolver projetos comerciais acessíveis para essas pessoas com deficiência, que no estado somam 17% da população e o mercado não está de olho nelas", justifica ele.

Clique aqui http://www.pernambuco.com/tecnologia/arquivos/PescaLetras.zip para baixar o jogo

Ferramentas de Acessibilidade do Windows XP

Parte 1: Lente de aumento e Teclado Virtual

Lente de Aumento

A Lente de Aumento, assim como todos os outros utilitários das Ferramentas de Acessibilidade, se encontra em Menu Iniciar > Programas > Acessórios > ferramentas de Acessibilidade. Basta clicar no atalho para o programa ser iniciado.

tela da lente de aumento explica qual a sua função: proporcionar uma melhor leitura para pessoas com deficiência visual. Caso você queira que esta tela não se abra mais quando o programa for iniciado, marque a opção Não exibir esta mensagem novamente.

uma barra horizontal mostrará o texto de maneira aumentada e basicamente este é o funcionamento da lente de aumento. Você pode clicar e arrastar a "lupa" para qualquer lugar na sua área de trabalho.


número, maior a lupa.

Seguir o cursor do mouse: Ao ser marcada, a lupa seguirá o cursor do mouse, mostrando o que estiver em volta do mesmo.
Seguir o foco do teclado: Ao ser marcada, a lupa aumentará o foco usado com o teclado (usualmente com a tecla Tab, em caixas de diálogo)
Seguir a edição de texto: Ao ser marcada, a lupa aumentará o texto que estiver sendo digitado no momento.

Configurando a Lupa - Inverter cores: Ao ser marcada, as janelas mostradas na lupa aparecerão com cores bem contrastantes, para ajudar pessoas com deficiências graves na visão. Iniciar minimizado: Fará com que a janela de apresentação inicie-se minimizada. Mostrar 'Lente de aumento': A lente não é mostrada quando a opção está desmarcada.



Teclado virtual

Esta ferramenta foi feita para os usuários que sofrem alguma dificuldade manual para usar o teclado. Quando aberta, uma tela semelhante à tela de abertura da lente de aumento será aberta. E o procedimento para que ela não se abra mais também é o mesmo:


Agora você está de cara com um teclado virtual. Para usá-lo, basta clicar na tecla correspondente, com o foco na janela que você deseja "digitar" o texto. O programa permite até que você modifique o tipo de teclado. No menu Teclado você encontrará as opções para modificar a quantidade de teclas.

você pode perceber na imagem acima, também existem as opção Teclado Padrão e Teclado Avançado. Na foto abaixo você tem uma foto do teclado virtual no modelo padrão (sem a parte numérica na extremidade esquerda).

O teclado virtual também lhe dá a opção de mudar a forma de digitar e não apenas com o clique do mouse. Basta ir em Menu Configurações > Modo de digitação (no Menu Configurações há outras opções relacionadas a configuração do teclado virtual, vale a pena você dar uma espiada).

Clique para selecionar: A opção padrão do teclado, na qual você clica em alguma tela para que ela seja digitada.
Focalizar para selecionar: Esta opção permite que uma tecla seja digitada apenas mantendo o cursor do mouse pousado sobre ela. Em Tempo mínimo para focalizar você irá configurar o tempo que o cursor ficará pousado para que a tecla seja considerada como digitada.
Joystick ou tecla para focalizar: Esta opção não é muito utilizada, mas ela é parecida com a opção acima, porém você usaria um joystick para escolheras teclas.

Um Boneco para os Cegos


Um Boneco para os Cegos

fonte: Jornal Expresso de 11 de Dezembro 04

Um boneco inovador apresentado em Espanha permite que as crianças se familiarizem com a linguagem Braille.
Com os botões da camisa do Braillín pode escrever-se todo o alfabeto Braille.
À primeira vista, o Braillín parece um boneco como outro qualquer. Cabelo loiro, sorriso aberto, calções azuis, meias vermelhas e uns sapatos que parecem desproporcionados em relação ao resto do corpo. E a camisa alaranjada também seria banal se não fossem os seis pequenos botões dispostos em duas filas verticais que fazem dele um brinquedo pioneiro em todo o mundo - é que sobre eles pode escrever-se todo o alfabeto Braille.
A iniciativa, apresentada recentemente em Espanha, nasceu na Argentina, pelas mãos de uma professora que trabalha com deficientes visuais, e foi premiada no Concurso de Investigação Educativa sobre Experiências Escolares, na modalidade de material didáctico, que a Organização Nacional de Cegos de Espanha (ONCE) organiza todos os anos.

A ideia agradou de tal forma aos responsáveis da instituição que estes não demoraram a associar-se ao Instituto Tecnológico do Brinquedo (ITB) espanhol e a um fabricante de brinquedos para fazer o primeiro boneco que ensina a linguagem dos cegos.

Para optimizar as qualidades formais, lúdicas e pedagógicas do produto, o ITB, que apoia o desenvolvimento do sector no país, pegou no protótipo inicial e testou-o em perto de meia centena de crianças, com idades compreendidas entre os 3 e os 10 anos.

(Para saber mais clique no título e entre no site) http://www.gesta.org/noticias/braillin.htm

Complementações Curriculares Específicas

SOROBÃ
MATEMÁTICA PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Dependendo do nível do funcionamento visual, os procedimentos diferirão de modo a proporcionar também os meios necessários para a aprendizagem. Cabe ao professor proceder de forma a não caracterizar interesse especial pelo aluno ou superproteção, mas atendê-lo conforme suas necessidades específicas para que tenha acesso ao conteúdo desenvolvido em sala de aula. A propósito, sugerimos, como norma, os seguintes procedimentos:

• expressar verbalmente, sempre que possível, o que esteja sendo representado no quadro;
• verificar se o aluno acompanhou a problematização e efetuou seu próprio raciocínio;
• dar tempo suficiente para o aluno levantar dúvidas, hipóteses de resolução do problema e
demonstração do raciocínio elaborado;
• procurar não isentar o aluno das tarefas escolares, seja em classe ou em casa;
• recorrer ao professor especializado, no sentido de valer-se dos recursos necessários em tempo, a
fim de evitar lacunas no processo de aprendizagem da Matemática.
A idade em que ocorreu a deficiência do aluno é fator de fundamental importância para o trabalho do professor, considerando-se que, via de regra, a criança que vê vivência situações variadas e com mais freqüência do que a deficiente, o que lhe dá uma bagagem maior de informações, que poderão
influir diretamente no rendimento escolar.
Conceitos espaço-temporais, noções práticas relativas a peso, medidas e quantidades e outras utilizadas na vida, como compra e venda, troco, leitura de horas, cálculo de distâncias, etc.
são vivenciados, a todo momento, pelas crianças de visão normal.
Uma das formas de compensar essa desvantagem é a atuação dos professores, orientando os familiares do aluno deficiente para que lhe sejam proporcionadas tais vivências, indispensáveis na vida prática.

O Sorobã
Aspectos históricos

O sorobã ou ábaco, aparelho de cálculo de procedência japonesa, adaptado para o uso de deficientes de visão, vem merecendo crescente aceitação no ensino especializado, em
virtude da rapidez e da eficiência na realização das operações matemáticas (adição, subtração, multiplicação, divisão, radiciação, potenciação), de seu baixo custo e de sua grande
durabilidade.

No Brasil, o sorobã foi adaptado para uso de cegos em 1949, por Joaquim Lima de Moraes. Hoje, o uso do sorobã é de valor reconhecido por professores especializados e pessoas cegas, e ainda requer uma orientação precisa e objetiva sobre as técnicas apropriadas para sua utilização. Seu emprego na
aprendizagem da Matemática faz parte do currículo do Ensino Fundamental para alunos com deficiência visal, sendo adotado pelo sistema educacional em todo território nacional.

Descrição do Instrumento

O sorobã ou ábaco é um instrumento matemático, manual, que se compõe de duas partes, separadas por uma régua horizontal, chamada particularmente de “régua de numeração”. Na sua parte inferior apresenta 4 contas em cada eixo. A régua apresenta, de 3 em 3 eixos, um ponto em relevo,
destinado, principalmente, a separar as classes dos números.
Há sorobãs que apresentam 13, 21 ou 27 eixos, sendo que o mais comum entre nós é o de 21 eixos, utilizado pelo cego, a partir do início da alfabetização, percorrendo toda a vida escolar do aluno com uso incorporado a sua vida cotidiana.

A tarefa do professor de classe precisará ser desenvolvida em estreito entrosamento com o professor especializado, do qual ele obterá as orientações que julgar necessárias, sem transferir para este, o encargo de ministrar os conteúdos programáticos.
Preliminarmente, o professor precisará obter informações básicas com referência ao aluno deficiente, de acordo com o nível de estudos dos símbolos matemáticos usados:

• se dispõe de livro-texto adequado ou material transcrito no Sistema Braille;
• se utiliza o sorobã como recurso necessário para o aprendizado da Matemática;
• se realiza cálculo mental;
• se dispõe de recursos pedagógicos adaptados (blocos lógicos, material dourado, Tangran, ábaco,
cubaritmo).

MÁQUINA BRAILLE

MÁQUINA BRAILLE: AGORA SERÁ BRASILEIRA

São meninos e meninas que têm os mesmos direitos de qualquer outra criança, inclusive o de aprender a ler e a escrever. No caso das crianças com deficiência visual, é fundamental o acesso à Máquina Braille. Criada há mais de 50 anos nos Estados Unidos, ela representa para o cego o que a caneta ou o lápis significam para a vida diária da pessoa com visão normal.No entanto, seu preço entre 600 a 700 dólares faz com que chegue ao nosso país, com impostos e custos comerciais adicionais, entre 5.000 a 6.000 reais. “É um valor incompatível com a realidade brasileira. Foi por isso, e pelo convívio com nossa filha cega, Lara, que desde a fundação da Laramara, há 14 anos, perseguimos obsessivamente o projeto de nacionalização da Máquina Braille”, enfatiza Victor Siaulys, presidente do Conselho Deliberativo da instituição.

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SUGESTÃO DE BRINQUEDOS ADAPTADOS


Brinquedo composto de nove placas recortadas em material leve e macio, em cores diferentes, nas seguintes formas: Quadrado, Triângulo, Círculo, Retângulo, Losango, Oval, Coração, Estrela, Hexágono Cada placa tem inscrito o nome em braille e em tinta. Em toda a volta das figuras encontram-se furos. Acompanham 9 cadarços nas cores das placas.

Caixa contendo 28 retângulos de material emborrachado preto com 5x2,5 cm. Cada retângulo possui nas duas pontas um pequeno círculo de cor e textura diferente.


Tabuleiro de EVA amarelo medindo 36 x 24 cm com tiras de 0,5 cm de espessura, formando 24 quadrados de 5,5 cm. Contém 24 peças quadradas de EVA vermelho, medindo 5 cm cada, formando 12 pares com texturas (algodão, cortiça, tela de nylon, tela plástica, feltro, lixa, carpete, espuma, pelúcia, papel canelado, tapete emborrachado com listras em revelo, tapete emborrachado com bolinhas em relevo), que se encaixam nos quadrados do tabuleiro.

Tabuleiro feito de EVA nas cores preto e vermelho, medindo 32 x 32 cm, com recorte em ângulo do lado direito superior. Possui 3 colunas com 3 quadrados em cada uma, medindo 10,2 cm divididos por tiras de 0,5 cm de espessura. Contém 5 círculos de EVA amarelos de 8 cm de diâmetro e 5 peças vermelhas no formato de X, medindo 7 x 7 cm.
Dama

Tabuleiro de dama em madeira (modelo padrão), com velcro (macho) colado nos quadrados pretos. Contém 24 peças em EVA com texturas (12 com lixa e 12 lisas) e 12 damas (peças duplas coladas, sendo 6 com lixa e 6 lisas). Todas as peçashttp://www.blogger.com/img/blank.gif possuem velcro (fêmea) colado na parte de baixo para que sejam fixadas no tabuleiro.

Trilha
Tabuleiro de trilha em madeira (modelo padrão), com 24 pontos circulares nos quais são colados velcro (macho) e um ponto é ligado ao outro por tiras de lixa coladas. Contém 18 peças (9 com feltro e 9 lisas), com velcro (fêmea) colado na parte de baixo para que sejam fixadas no tabuleiro.

Fonte-http://www.laramara.org.br/loja/product_info.php?products_id=102&osCsid=ghiso472690n53lbeir2vonr73

Programa amplia inclusão de pessoas com deficiência ao converter texto em áudio


O ministro da educação, Fernando Haddad, lançou nesta quarta-feira, 24, em Brasília a nova tecnologia Mecdaisy: um conjunto de programas que permite transformar qualquer formato de texto disponível no computador em texto digital falado. A ferramenta está disponível gratuitamente no portal do ministério.

Por meio do acesso ao Mecdaisy, qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento em computação pode produzir livros digitais falados e ler as obras com mais autonomia. “Esse é um passo importante para fortalecer a educação inclusiva porque a ferramenta permite o manuseio do livro falado e navegabilidade simplificada”, sintetizou Haddad.

Projeto MecDaisy - Acesse aqui http://intervox.nce.ufrj.br/mecdaisy/ e saiba mais
Acesse aquihttp://www.intervox.nce.ufrj.br/mecdaisy/windows/v_1.0_r572/MecDaisy_setup_r572.exe o instalador do MEC/DAISY
Quer ler a matéria na íntegra? Acesse aqui http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13786:

Materiais: SURDO, SURDEZ E LIBRAS

NÍVEIS DE SURDEZ E APARELHOS
Pode-se dividir a perda auditiva em 5 categorias + Anacusia.
(conforme Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 http://www.jonas.com.br/dec3298.htm)
Surdez leve:perda auditiva entre 25db e 40db

Surdez moderada:perda auditiva entre 41db e 55db

Surdez acentuada:perda auditiva entre 56db e 70db

Surdez severa:perda auditiva entre 71db e 90db

Surdez profunda:perda auditiva acima de 91db

db=decibéis

Anacusia: este termo significa falta de audição, sendo diferente de surdez, onde existem resíduos auditivos. Audição Considerada Normal - perda entre 0 a 24 db nível de audição.

Saiba mais sobre aparelhos - clique aqui http://www.jonas.com.br/informacao.php?info=Aparelhos


TIPOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA

DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA: Qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna (cóclea). A orelha interna tem capacidade de funcionamento normal mas não é estimulada pela vibração sonora. Esta estimulação poderá ocorrer com o aumento da intensidade do estímulo sonoro. A grande maioria das deficiências auditivas condutivas pode ser corrigida através de tratamento clínico ou cirúrgico.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA SENSÓRIO-NEURAL: Ocorre quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo. Os limiares por condução óssea e por condução aérea, alterados, são aproximadamente iguais. A diferenciação entre as lesões das células ciliadas da cóclea e do nervo auditivo só pode ser feita através de métodos especiais de avaliação auditiva. Este tipo de deficiência auditiva é irreversível.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA MISTA: Ocorre quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo. O audiograma mostra geralmente limiares de condução óssea abaixo dos níveis normais, embora com comprometimento menos intenso do que nos limiares de condução aérea.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA CENTRAL, DISFUNÇÃO AUDITIVA CENTRAL OU SURDEZ CENTRAL: Este tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente, acompanhado de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral (Sistema Nervoso Central).

COMUNICAÇÃO GESTUAL

Existem várias formas de comunicação gestual : Português sinalizado; Libras http://www.jonas.com.br/informacao.php?info=Libras; mímica; pantomima, alfabeto manual, comunicação total, bilingüismo e outros.

UNIVERSALIDADE

Ao contrário do que muitos pensam, a língua de sinais não é universal, nem mesmo a nível nacional existe uma padronização, inda mais em um país de grandes dimensões como o nosso. Em uma cidade como São Paulo podemos observar até certos "bairrismos". Grupos de surdos possuem sinais diferentes para uma mesma situação.
Saiba sobre a a educação de surdos no Brasil - Aquihttp://www.jonas.com.br/informacao.php?info=EnsinoEspecial
Em cada país a língua de sinais tem uma estrutura diferente, embora muito parecida. No Brasil a Libras, nos Estados Unidos o American Sign Language - ASL, e assim por diante. Só no continente africano temos 25 línguas gestuais. Em nossa américa são 21 - Geralmente chamadas de Lingua Gestual.

ALFABETO DE SINAIS

Você deve conhecer o alfabeto brasileiro de sinais http://www.jonas.com.br/informacao.php?info=AlfaBrasileiro. Embora muito utilizado, não pense que cada palavra numa comunicação com um surdo será feita desta forma, soletrada. Existem sinais para palavras inteiras e até para sentenças. Isto facilita e agiliza a comunicação, porém tais sinais devem ser utilizados dentro de uma estrutura - a Libras.
Também é muito comum observar sinais iguais para objetos ou palavras diferentes, mas isto não dificulta o aprendizado desta língua.
Existem pessoas treinadas para realizar o trabalho de INTÉRPRETES da Libras. Não é o bastante saber sinais, há de ser respeitado um código de ética e conduta, além de outros pontos que você aprende em curso próprio

APRENDA SINAIS

O aprendizado da língua de sinais é uma delícia. É surpreendente a riqueza desta língua e a facilidade de assimilação. A importância dela para o convívio com surdos, e a necessidade de familiares a dominarem para comunicação efetiva, faz com que a necessidade de aprender Libras aponte para cada um de nós.
Você pode aprender língua de sinais com professores Surdos, devidamente habilitados pela Feneis, em igrejas, comunidades e escolas. Pode aprender também através do convívio com algum surdo. Tenha certeza que ele terá enorme prazer em ensiná-lo e toda a paciência do mundo.

FATORES DE RISCO

Fatores de risco para a surdez do bebê - 0 a 28 dias

HISTÓRIA FAMILIAR - ter outros casos de surdez na família

INFECÇÃO INTRA-UTERINA - provocada por citomegalovírus, rubéola, sífilis, herpes genital ou toxoplasmose

ANOMALIAS CRÂNIOS-FACIAIS - deformações que afetam a orelha e/ou o canal auditivo (p.ex.: duto fechado)
PESO INFERIOR A 1.500 GR AO NASCER

HIPERBILIRUBINEMIA - doença que ocorre 24 horas depois do parto. O bebê fica todo amarelo por causa do aumento de uma substância chamada bilirubina. Ele precisa tomar banho de luz e fazer exosangüíneo transfusão

MEDICAÇÃO OTOTÓXICAS - uso de antibióticos do tipo aminoclicosídeos que podem afetar o ouvido interno - SAIBA MAIS

MENINGITE BACTERIANA - a surdez é umas das conseqüências possíveis quando o bebê tem este tipo de meningite

NOTA APGAR MENOR DO QUE 4 NO PRIMEIRO MINUTO DE NASCIDO E MENOR DO QUE 6 NO QUINTO MINUTO - Todo bebê quando nasce, recebe uma nota, composta por uma avaliação que inclui muitos fatores. Apgar era o nome do médico que inventou o teste.

VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI NEONATAL POR MAIS DE 5 DIAS - quando o bebê teve que ficar entubado por não conseguir respirar sozinho

OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS - p.ex.: Síndrome de Down ou de Waldemburg

Fatores de risco para a surdez da criança - 29 dias a 2 anos

OS PAIS DEVEM OBSERVAR SE HÁ ATRASO DE FALA OU DE LINGUAGEM - aos 7 meses ele já deve imitar alguns sons; com 1 ano já deve falar cerca de 10 palavras e com 2 anos o vocabulário deve estar em torno de 100 palavras

MENINGITE BACTERIANA OU VIRÓTICA - esta é a maior causa de surdez no Brasil

TRAUMA DE CABEÇA ASSOCIADA À PERDA DE CONSCIÊNCIA OU FRATURA CRANIANA

MEDICAÇÃO OTOTÓXICA - uso de antibióticos do tipo aminoglicosídeos que podem afetar o ouvido interno http://www.jonas.com.br/drogas.ht

OUTROS SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES NEUROLÓGICAS - por ex.: Síndrome de Down e de Waldemburg

INFECÇÃO DE OUVIDO PERSISTENTE OU RECORRENTE POR MAIS DE 3 MESES - OTITES - SAIBA MAIS http://www.jonas.com.br/otites.htm

Fatores de risco para a surdez do adulto

Além daqueles encontrados nas crianças, os adultos podem adquirir a surdez através de:

Uso continuado de aparelhos com fone de ouvido (I-Pod, MP3, etc)
Trabalho em ambiente de alto nível de pressão sonora
Infecção de ouvido constante e acidentes

VEJA TAMBÉM:
HRAC-USP, Bauru-SP: subsídios para uma política de intervençã ohttp://www.jonas.com.br/informacao.php?info=Surdez

Resumo
A deficiência auditiva há muito vem sendo estudada e à medida que as causas determinantes de tal alteração são explicitadas há permissão de adequações de procedimentos e processos de (re)habilitação, assim como adoção de estratégias preventivas.Fatores como região, sexo, grupo socioeconômico e idade são dados de fundamental importância para que se possa realizar um planejamento de serviços audiológicos.A presente pesquisa delineou o perfil das crianças atendidas no Hospital de Reabilitação das Anomalias Craniofaciais (HRAC) - USP - Bauru, com a finalidade de proporcionar subsídios para trabalhos de intervenção, prevenção e (re)habilitação do deficiente auditivo. Foram analisados 1.300 prontuários, ou seja, 10% da população total dos pacientes do hospital até 1998, onde participaram de análise 580 deles.Constatou-se que as principais etiologias foram a rubéola e a meningite na população infantil, sendo a maioria de classe socioeconômica baixa e provenientes da região Sudeste.Com os dados obtidos, outras pesquisas poderão ser feitas e mudanças realizadas para melhorias na qualidade do atendimento ao deficiente auditivo.

Síndrome de Down - mitos e realidades

de Suely Satow

Me consideraram uma exemplo de paralisada cerebral incluída, mas não é bem assim, eu sou INTEGRADA. Sofro muitos preconceitos.

Explico a diferença: se existisse a inclusão e não a inclusão pela exclusão, eu não estaria aqui servindo de exemplo. Não haveria nenhuma necessidade disso, pois todos estariam no mesmo patamar, que é o de ser humano e não um indivíduo rotulado de incapaz. Hoje, as pessoas rotulam o deficiente pela incapacidade, quando deveria ser do contrário, ou seja, eles devem ser vistos pelo lado de sua CAPACIDADE e, para isto, deve-se observar, pesquisar e estimular todas as capacidades encontradas nele e, principalmente, vê-lo como SER HUMANO, igual em sua humanidade, mas diferente, porque se apresenta diferentemente dos “comuns”.

2) tive de me moldar conforme as regras das pessoas comuns, ou seja, tive de fazer tudo o que uma pessoa comum fazia. Confesso que eu ia mais longe: fazia relatórios e resumos para outros alunos e sei agora, que era para ser integrada na turminha. Na inclusão, a pessoa com deficiência e outros alunos considerados problemáticos não terão de sofrer o “pão que o diabo amassou e triturou”, eles irão ter as coisas adaptadas a eles, eles serão respeitados em suas diferenças e passarão a ser como os outros e não um E.T. Eu concordo que isto ainda é uma utopia, mas se todos nós fizermos algo para a inclusão se instalar definitivamente, ela irá vingar.

3) o olhar do outro fazia com q eu sofresse muito. E não acontece só comigo. Acontece com outros alunos com deficiência, que acabam deixando as escolas por não agüentarem este olhar que vem carregado de descrença e conseqüente sofrimento para quem é dirigido.

Para que essa inclusão aconteça realmente e não fique só no papel e “brincadeiras acadêmicas” para aumentar ainda mais os artifícios da hipocrisia social, é preciso que toda a sociedade e as pessoas que dela fazem parte se repensem, reflitam e tenham um processo de trabalho sério com os próprios sentimentos. Sei que isto é muito doloroso, porque ninguém gosta de ver as próprias falhas, os próprios preconceitos, ainda mais com o surgimento do “politicamente correto”, onde é feio ter e mostrar qualquer tipo de preconceito, mas ela aparece nos olhares, no gestual etc., mesmo que a pessoa tente disfarçar ou de modo inconsciente. Isto é muito duro das vítimas agüentarem.

Acredito que a inclusão aconteça, quando houver uma desconstrução do velho padrão dos valores vigentes, para a reconstrução de outros, desta vez sem os pré-julgamentos das pessoas frente aos seus semelhantes, que todos somos. Acredito também, que a INCLUSÃO aconteça, quando TODOS (negros, pobres, doentes, mulheres etc. e não somente deficientes) tiverem seu reconhecimento como SERES HUMANOS.

Hoje temos a inclusão pela exclusão, muito bem explicada pela profa. dra. em psicologia social da PUC-SP Bader B. Sawaia, autora do prefácio do meu livro “Paralisado cerebral: construção da identidade na exclusão” e orientadora de minha tese, escreve

“Exclusão não é um estado que uns possuem, outros não. Não há exclusão em contraposição à inclusão. Ambos fazem parte de um mesmo processo. – “o de inclusão pela exclusão” – face moderna do processo de exploração e dominação. O excluído não está à margem da sociedade, ele participa dela, e mais, a repõe e a sustenta, mas sofre muito, pois é incluído até pela humilhação e pela negação de humanidade, mesmo que partilhe de direitos sociais no plano legal. A inclusão pela humilhação se objetiva das mais variadas formas, desde a inclusão pelo “exótico” até a inclusão pela “piedade” (personagem coitadinho) e não tem uma única causa. O estigma de ser portador de deficiência se interpenetra com outras determinações sociais como classe, gênero etnia e a capacidade de auto diferenciação dos indivíduos, configurando variadas estratégias de objetivação da reificação das diferenças. Para fugir à humilhação dessas diferentes formas de inclusão que lhes são oferecidas e ser “gente” para si e aos outros, o portador de IMC elabora estratégias de participação social fundadas no projeto de “apresentar-se socialmente ativo”, tornando-se, excessivamente exigente consigo mesmo, na busca da admiração e do amor de todos que o rodeiam. Enfim, para negar o papel de “sub”, opta pelo seu contrário, o de “super”, enredando-se por caminhos diversos na mesma trama da qual queria se libertar.

“Eu sou muito perfeccionista (…) Sempre tive medo de não conseguir realizar as coisas. Você tem que provar que você vai dar certo (…). Ou você mostra que é e o que pode fazer ou não consegue (…)”, diz um sujeito da pesquisa.”

Nesta fala, Maria sintetiza o sofrimento do portador de IMC, que na contraposição entre o personagem sub e super não logra o direito de “ser gente”. Incluir-se pelo personagem “super” é tornar-se exótico entre os “normais” e distinto de seus pares, apresentando-se como caricatura de si mesmo. A identidade humana se constrói na e apenas na diversidade, conforme enfatiza Maria,.

“Assim como você nasce com olho azul, ele nasce assim. Que bonito, né… A aceitação do ser humano como ele é… Se ele anda mancando, paciência. Se ele cair, paciência. É uma característica dele, como ser gordo, magro, loiro, moreno. Acho que tem que ser por ai.”

Realmente, tem que ser por ai a ação que Espinosa define como a “luta contra tudo que gera impotência e dor, tudo que despedaça a alma”.

Suely Satow é diretora executiva do Centro de Informação e Documentação do Portador de Deficiência (CEDIPOD) e doutora em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1994).