O diagnóstico diferencial envolve o reconhecimento de outras patologias
Encontramos grandes dificuldades, quando tentamos estabelecer uma diferença entre as doenças que podem estar associadas ao autismo e as que necessitam de um diagnóstico diferencial. Algumas doenças associadas ao autismo são, o retardo mental, os quadros convulsivos, a esquizofrenia infantil, a depressão analcítica, a afasia e a síndrome de down. Para cada quadro, existe o diagnóstico diferencial. Algumas considerações são importantes:
- O mutismo eletivo, o balançar do corpo e outras estereotipias não implicam, necessariamente a presença do transtorno autista, pois eles podem estar relacionados com influências externas e também a outros fatores.
- Uma criança autista, por muitas vezes, não responder ao estímulo auditivo, pode ser diagnosticada como surda, inclusive existe a suspeita até de uma hiperacusia (hipersensibilidade acústica) em vários casos do transtorno.
- A cegueira congênita pode levar a criança a gesticulação, confundindo-se com movimentos estereotipados de braços e mãos (característica do transtorno autista). A diferença é que a criança cega tem interesse em interagir com o ambiente e com as pessoas, o que nem sempre ocorre com crianças autistas.
Cabe-nos então pensar sobre a importância de compreendermos a diferença entre o transtorno autista e outras patologias e também das relações existentes entre elas. É comum o autismo estar associado a outras desordens e síndromes. A indicação para um profissional que saiba fazer o diagnóstico diferencial é muito importante.
Retirado do livro “Transtornos do desenvolvimento e do comportamento” de José Raimundo Facion – Adaptado para o site CEDAP BRASIL por JOCELI APARECIDA OLIVA e ROSELI HONORATTO, pedagogas do CEDAP.
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