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domingo, 12 de junho de 2011

RECURSOS PEDAGÓGICOS ACESSÍVEIS

A atual Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva propõe
uma nova abordagem teórico-prática do ensino especial.
Para exercer suas funções de acordo com os preceitos dessa nova orientação, o professor de educação especial volta-se para o conhecimento do aluno. Para isso, ele precisa desenvolver a habilidade de observar e de identificar as possíveis barreiras que limitam ou impedem o aluno de participar ativamente do processo escolar.
Precisa também aprender a estabelecer parcerias que o apoiarão no atendimento a esse aluno.
O que é importante observar e registrar sobre os alunos para a identificação de necessidades, habilidades e dificuldades?
Um roteiro de perguntas pode nos ajudar na coleta de dados para selecionar o recurso
adequado às necessidades do aluno.
l- Quem é o aluno?
2- Quais as principais habilidades manifestadas pelo aluno
e/ou relatadas por seus familiares?
3- Quais as necessidades específicas deste aluno,
decorrentes da deficiência ou imposta pelo ambiente escolar?
4- Como a família resolve os problemas decorrentes destas necessidades no ambiente
familiar?
5- Que tipo de atendimento na área da saúde ou da educação o aluno já recebe e
quais são os profissionais envolvidos neste atendimento?
6- Qual a impressão do professor da escola comum sobre o aluno?
7- Como está organizado o plano pedagógico do professor comum e quais são os
objetivos educacionais e as respectivas atividades que ele propõe à sua turma?
8- Quais as necessidades relacionadas a recursos pedagógicos ou de acessibilidade
apontadas pelos professores para atingir os objetivos propostos para o aluno?
9- Como é a participação do aluno nas atividades propostas à sua turma da escola
comum? Ele participa das atividades integralmente, parcialmente ou
não participa?
l0- Quais barreiras existem à participação e ao aprendizado do aluno nas tarefas
escolares e que poderão ser eliminadas com a utilização de recursos pedagógicos
acessíveis?
l1- Quais as condições de acessibilidade física da escola? Há rampas, banheiros adequados,
sinalizações, entre outros?
l2- Há auxílio de mobilidade para o aluno, tais como cadeira de rodas simples ou
motorizadas, bengalas, corrimões nas escadas, auxílio para transferência da cadeira
de rodas?
l3- Os materiais pedagógicos são adequados? Há lápis e canetas ajustados à condição
do aluno, alfabeto móvel, pranchas com letras e palavras, computador, teclados e
mouses especiais, acionadores, órtese de mão funcional para escrita e digitação,
ponteiras de boca ou cabeça?
Com esses dados, o professor do AEE pode descrever a situação do aluno na sala de
aula e identificar suas necessidades; este é o primeiro passo para a elaboração do Plano de AEE e, consequentemente, para a seleção e/ou construção dos recursos necessários.
Outros pontos que devem ser observados com relação à utilização dos recursos, tanto
na sala comum quanto no AEE são:
l- Os recursos selecionados e colocados à disposição dos alunos estão atingindo os
objetivos educacionais aos quais foram propostos?
2- A utilização dos recursos está sendo acompanhada pelo professor do AEE, para
a realização das adequações necessárias?
3- O aluno, usuário do recurso, está sendo ouvido com relação à funcionalidade
do mesmo?
Os recursos selecionados pelo professor do AEE para solucionar as dificuldades funcionais dos alunos podem ser de alta ou baixa tecnologia.
Recursos de baixa tecnologia são os que podem ser construídos pelo professor do AEE
e disponibilizados ao aluno que os utiliza na sala comum ou nos locais onde ele tiver necessidade deles.
Recursos de alta tecnologia são os adquiridos após a avaliação das necessidades do
aluno, sob a indicação do professor de AEE.
Para descrever a utilização de recursos pedagógicos de acessibilidade na escola, temos de estar atentos às características do aluno, à atividade proposta pelo professor e aos objetivos educacionais pretendidos na atividade em questão.
Diversas atividades exigem dos alunos competências como leitura, escrita, produção
gráfica, manifestação oral, exploração de diversos ambientes e materiais.
A dificuldade do aluno com deficiência para realizar essas atividades acaba limitando ou impendido sua participação na turma.